19 de novembro de 2015

Lista: 10 dias, 10 filmes e 10 documentários


  Oi, gente! Segunda-feira da semana passada comecei uma meta de assistir dez filmes e dez documentários em dez dias, os motivos principais: manter o cérebro ativo e aumentar o repertório vs. capacidade de retenção imagética pra tentar estimular melhor a memória, e o resultado vocês podem conferir aí embaixo, onde as estrelas são referentes às notas de cada um. 
   Os filmes/docs foram assistidos em horários totalmente aleatórios, sem alguma ordem, durante todo o dia. Outra coisa que vale lembrar é que não foram elaborados quaisquer tipos de listas, ou melhor, foi um lance de intuição, batia a vontade de ver o filme ou o doc do dia, e era dada a largada para a procura. 
    Não foram muito difíceis de pesquisar, a maioria era encontrada na Netflix, e confesso, muitos se tornaram uma surpresa pra mim, do tipo 'por que eu não encontrei este filme antes?', distrações à parte, foi uma experiência divertida estabelecer um objetivo e cumpri-lo sem restrições, porque de certa forma, você ganha um acúmulo de experiências mais interessantes, visualmente falando. 

Dia 1 - Bauhaus: The New Face of The Century XX (doc)     
            Remeber Sunday (filme)   

Dia 2 - Orgasm Inc. (doc)    
            The Perfect Host (filme)     

Dia 3 - Aftermath: Population Zero (doc)     
            The Kings of Summer (filme)     

Dia 4 - Future in 2111 (doc)    
            Premium Rush (filme)    

Dia 5 - Comprar, tirar, comprar: La Historia Secreta de La Obsolescencia Programada (doc)     
            American Beauty (filme)     

Dia 6 - 1,99: Um Supermercado Que Vende Palavras (doc)    
            Jeepers Creepers (filme)    

Dia 7 - Living on One Dollar (doc)     
            Would You Rather (filme)    
         
Dia 8 - Tipografia Vernacular (doc)    
            Nove Crônicas Para um Coração aos Berros (filme)  

Dia 9 - The Thread (doc)    
            Sill Alice (filme)     

Dia 10 - Memory (doc)    
              Tuck Everlasting  (filme)    

Gostaram dos filmes assistidos? Já viram algum? Conta pra gente! Beijoxxx!

13 de outubro de 2015

Intimidade: prós e contras, Martha Medeiros (1999)

imagem: tramp.com.br
        As pessoas desancam o casamento. Dizem que o amor mingüa, que o sexo começa a rarear, que a rotina é acachapante. Dizem, dizem, mas as pessoas seguem casando e mantendo-se casadas por quilométricos anos. Qual é a boa dessa história? Uma jóia chamada intimidade. Íntimos, muitos acreditam, são duas pessoas que possuem relações físicas e emocionais entre si. É bem mais que isso. Intimidade é você não precisar verbalizar tudo o que pensa, é aceitar a solidão do outro, é estarem familiarizados com o silêncio de cada um. Intimidade é não precisar estar linda em todos os momentos, não precisar ser coerente em todas as atitudes, é rirem juntos de uma história que só eles conhecem o final. Intimidade é ler os olhos, os lábios e as mãos de quem está com você. Mais do que repartir um endereço, é repartir um projeto de vida. Não basta estar disponível, não basta apoiar decisões, não basta acompanhar no cinema: intimidade é não precisar ser acionado, pois já se está mentalmente a postos. Intimidade é não ter vergonha de ser o que a gente é, não precisar explicar coisa alguma, ser compreendido e brigar sabendo que nada irá se romper. Intimidade é não precisar andar na ponta dos pés pelos corredores de uma vida compartilhada. Muitos mantém-se casados por causa desse idílio que é não precisar se anunciar todo dia como um investimento seguro, podendo inclusive usar aquelas camisetas puídas e comer o "s" de um palavra no plural sem que a sua cotação desabe. Só há uma coisa ruim na intimidade: a falta que faz um pouco de cerimônia. Calcinhas penduradas no banheiro, o telefonema sempre na mesma hora da tarde, o arroto que dispensa o pedido de desculpas, o lençol amarfanhado, a TPM todo santo mês, o mesmo perfume, as mesmas reações, o mesmo cardápio. O lado negro de um matrimônio feliz. 
      O casamento dá uma intimidade rara, apaziguadora, salutar. Não há máscaras nem teatro: é o habitat natural de um homem e de uma mulher que se querem como são. A intimidade salva as relações extensas, a não ser quando as corrói. Contradição maquiavélica. O melhor e o pior dos mundos, nos obrigando a escolher entre o habitual e a novidade, entre a paz e a adrenalina, entre a rede e o salto. Sedução x segurança: que vença o melhor.