30 de dezembro de 2014

Despretensiosos estopins

Um dos atributos da inexorabilidade das coisas está nas ligações que permutam por entre os calafrios solutos da alma, a chama que acende e apaga, o fogo que dói, e tudo aquilo que ousou escapar nas entrelinhas do tempo. 
É válido aceitar metaforicamente, águas de rios diferentes não se misturas, porém, continuam a serem rios e bastar-se do líquido, a correr, involuntariamente sob a mesma direção, e dependendo da perspectiva, evoluindo ao sol.
Trepidam as falas do inconsciente, despertando a chaga do memorável, da conexão voraz que consola a destreza do não mais estar, tornando assim, a conduta branda, baseando-se na presença das irrevogáveis ilusões do ser. Sim, talvez, pela inconstância dos desprazeres, pelo pouco bem concebido nas últimas horas, seja constatável afirmar a impossível presença de sangue na aorta, transparecendo assim, a plenitude da secura, da abstração de todos os movimentos possíveis, um refúgio em forma de passarela permeando sob o mar da indagação. Fatigante é, quem dera não ser, desconjuntar tanta obra num só momento, sem ousar exclamar palavra alguma naquilo que houve na presença dos votos secretos e mãos dadas na loucura, sob o pairar de devaneios sísmicos, e a chuva como coadjuvante testemunha do intercalo matinal. De todas esses insólitos desvarios, enloba-se a asserção da dúvida do ressurgimento do que não sucumbiu, em forma de vento intermitente que insiste em orbitar no litoral.

Joyce Gabriella Barros

27 de novembro de 2014

Quintana no dia de hoje...





Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. 

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.