por que a gente dá tanto poder pra pessoas aleatórias nos tirarem do eixo?
gente que a gente nunca viu, que não faz ideia da nossa realidade, atravessada por uma tela, e mesmo assim, basta um comentário sem lógica ou embasamento pra gente duvidar até das nossas certezas mais sólidas.
às vezes a gente entra na briga por pura teimosia.
e no fim encontra o que nem sabia que estava procurando: sarna pra se coçar.
só que aí entende por que nunca tinha feito aquilo antes. e talvez não era o tempo errado, é que realmente podia gerar um mal-estar desnecessário. e gerou. (ps: saiu do controle, sim.)
tem coisa que nem importava tanto, mas de repente vira um abismo. se do outro lado tem drama ou ego ferido, aí é como se alguém arrancasse seu couro, e você ainda agradece por isso, sem entender bem como chegou nesse ponto.
eu queria muito falar com todas as letras o que aconteceu. mas queria tratar disso num lugar mais amplo, porque pode caber em muitos contextos, não só num específico, em exato.
o ponto é:
se você sair dessa rede social agora, ou sua internet cair, isso ainda vai consumir seus pensamentos?se a resposta for não, é hora de mandar essa questão pastar. porque por mais que você queira resolver, nem tudo tem conserto.se a resposta for sim (o que, sejamos honestos, provavelmente não é), talvez seja só sua mente tentando te sabotar. porque, no fim das contas, os únicos problemas que realmente nos pertencem são os nossos.o resto... o resto é só peso emprestado. e nem sempre vale a pena carregar.
5 de julho de 2025
por que a gente dá tanto poder pra pessoas aleatórias nos tirarem do eixo?
14 de maio de 2025
responsabilidades que não podem ser terceirizadas
chega a ser engraçado como eu e a lua temos uma conexão visível.
eu a observo e sei exatamente o que ela quer dizer porque tá dentro de mim.
tipo um espelho, sabe?
olhar pra janela e a enxergar, cheia, é quase como um sussurro potente.
hoje cedo eu precisei admitir algumas verdades pra mim.
que muitas vezes me custo a aceitar e preciso de apoio pra entender que é aquilo e ponto. sem rodeios. aliás, eu amo coisas diretas. sem floreios. a maioria das coisas, mas não absolutamente tudo.
as cartas também me dizem muita coisa,
a terapia alternativa. o reike. o podcast que ouvi "por acaso" no modo aleatório me fazem perceber, que em consonância com alguma coisa muito maior que me rege e eu desconheço, tudo está conectado. tudo faz parte um contexto. que é o tempo que temos. o agora.
mentir pra si mesmo é a pior mentira, já dizia aquela música, e a traição que mais atravessa a garganta é aquela que parte de nós pra nós. quando a gente sabe que alguma coisa não tá certa mas fica querendo entender, enxergar, procurar um motivo ou uma razão de ser pra algo que já não é mais.
e nem atribuo essa culpa ao outro, porque essa não é uma responsabilidade que pode ser terceirizada.
o caminho é nosso e a gente só descobre ele caminhando. ninguém poderia fazer isso por nós.
ninguém sabe o que é melhor pra nossa vida além de nós mesmos. não tem como figurar ou configurar esse abismo entre nos e os nossos desejos, os nossos sonhos e anseios de vida que mudam basicamente o tempo todo. partir é doloroso? sim, mas pior mesmo é manter alguma coisa só pra enfeitar uma vontade que muitas vezes não passa de uma construção social que resolveram meter na nossa cabeça quando ela ainda estava em construção.
quem disse que existe um jeito certo de viver?
na verdade existe.
mas ele não segue roteiro.
é escrito por cada um de nós.
como um presente do presente.
ou seja, a vida na qual herdamos pra fazer a pena a nossa essência e quem sabe deixar algo de bom pro mundo.
coisas essas que não precisam ser grandes.
mas desperdiçar essa chance é não honrar por vaidade e covardia o que viemos fazer aqui.
e a gente não veio fazer nada além de construir as nossas próprias histórias.
BARROS, Joyce Gabriella. 14 de maio de 2025, Belo Horizonte/MG.