3 de maio de 2015

Flashes que sorriem teus ânimos

Os olhos fechados sempre funcionaram bem no quesito teletransporte no tempo, é como voltar ao pico inicial desprovido de limites. Minha janela profunda, que se abre a uma imensidão de respostas e memórias, não deixa carga de dúvidas nenhuma.
Vejo teu rosto, a sinuosidade dos teus traços, que me fizeram sentir desde a primeira vez que não era preciso saber de um nome para lembrar - sem sombra de dúvidas - de um sorriso tão cortês e tão quanto, ao mesmo tempo, pecaminoso, que diz tanto sem falar, e que de tão bonito em sua plenitude e serenidade, poderia tocar no rádio como uma canção flamejante no meio de todas as outras...
Tão profunda a marca firmada que não tem pressa ou qualquer equívoco sobre o que costumava ser vão. Estaria eu falando de um segredo? Talvez. Conhecido muito bem pela natureza implícita que nos segue a todo instante e que é capaz de despertar as maiores realidades dentro da pequena existência, esvai toda solidão exalando pureza. 
São momentos seguros, 
um porto,
sem parto,
paraíso,
abraço amargo que de tão doce acalora a alma e traz agudez pro espírito, confia e quer bem e ainda sim, por mais memorável que seja em seu tráfego, não desaparece para tornar-se antepassada.

Joyce Gabriella Barros.

23 de abril de 2015

Olhando as estrelas, nada no espaço fica parado no lugar


Eu tenho pra mim que analisando todas as possibilidades, a probabilidade de te esquecer está diretamente proporcional à vivacidade que tua dourada presença traz. Intenso, secreto e amargamente doce, assim eu posso definir a tenacidade que me faz refletir a cada soluçar de uma questão que implícita a uma teoria ambígua, não tem explicação. Talvez fosse mais fácil relatar em meio a um jogo de palavras qualquer o quão todo me sinto a parte do teu, o quão calorosas são as tuas chegadas, chamadas e partidas incompletas, que se traduzem na gota de um silêncio que penetra a minha assombrosa escuridão. Despertou o melhor de mim sem a mínima intenção, trouxe aos entornos do meu mundo, o sentimento despretencioso de que eu sou muito mais do que eu posso ser através de simples e generosos gestos universais, onde moram a gratidão e o vigor, a busca pelo que não cessa, a grandeza escondida dentro de mim e no meio do complexo, completa e renova os eixos, fortalecendo o balanço da equivalência no mais forte alicerce que existe.

Joyce Gabriella Barros