Vou sentir tanto a tua falta, passarinho. Mas tanto. Que o pranto não segura e nessa hora não quer cessar. O vôo é alto e livre, as glórias, resplandecentes, tu hei de conhecer lugares mágicos, mergulhar numa cultura enraizada nos teus anseios, mudar, crescer, aprender, alçando o teu vôo pelas mais incríveis experiências que o mundo, tão rico e vasto, vai te proporcionar.
Que nas horas mais difíceis, que bater a velha e amarga saudade de casa, você lembre do que te espera, do respeito e atenção que lhe será dado com prazer às tuas as tuas aspirações, o brilhante amanhã que você construirá com esse passo magnífico do presente. Voa! Voa! Voa! Não deixa as garras do mundo te prender, seja leve como o vento, releve, continue a jornada, não deixe nada parar seu tempo, viva o sonho, sempre com os pés no chão, claro.
E caso um dia você pense que perdeu as esperanças, lembre-se que há um ser grande que está em todo lugar e não deixa de olhar um segundo se quer pelo seu espírito aqui na Terra, pense na sua família, que lhe acolhe emocionada, mesmo à distância, e pensa em mim, também, como uma pessoa que passou pela tua vida, aprendeu muito contigo, te fez aprender também e que independente de tudo que aconteça, apesar das circunstâncias, nunca vai deixar de torcer fortemente para que tu alcances sempre a luz dos teus projetos, tanto quanto que a felicidade absoluta sempre esteja resguardada fielmente dentro do teu peito. Voa, passarinho, a liberdade quer entrar, não deixa nunca ninguém cortar as tuas asas, porque tu é um menino puro, foi feito pra ir além.
À Felipe Almeida.
Joyce Gabriella Barros.