24 de setembro de 2018

Dá-lhe voz ao que não pode calar

E por falar em lealdade e sinceridade, por agora, prefiro admitir estar curtindo esses ritmos sem roteiros e definição, ponderando expectativas (assim até as coisas mais simples surpreendem), contrária à necessidade de rótulos: a base de tudo, atrelada à ideia de desprendimento. Reiterando aqui, tenho me tornado fã da liberdade que  nos damos para sentir o que quer que seja. Ser fiel a si é a maior fidelidade de todas, às próprias vontades, às urgências, ao que o coração pede. Admitir a distorção do externo que a sombra do outro causa quando se encontra frente a ela, no sentido de, mesmo liberto a fazer o que queria, abre-se mão, mas não por um simples querer, mas apenas ouvir da boca amarga das vontades que ela só quer estar unicamente de estar ali, só aí dentro. E nada mais importa.
Por agora as coisas são. Amanhã podem não ser, depois também não, e podem voltar a ser de novo. 
Sendo o todo total cíclico, a verdade é que o dom de escolha irradia, apaixona, ainda mais quando existem milhares de opções por aí, mas você só quer estar ali, naquele momento, enquanto poderia estar em qualquer outra parte.  
É bom lembrar que em meio aos parênteses durante a história, existe a possibilidade de sentir que nada muda ela. Aqui aqui, tudo vale até não caber mais; o que não pode é somente fingir ou enganar. De resto, a gente não tá fazendo mal pra ninguém dando voz ao que não pode calar.

BARROS, Joyce Gabriella.

28 de maio de 2018

Eletricidade com carga alta envolvida


Tão positivos,
mas tão positivos,
que colidem,
geram um atrito imbatível!

A força impulsionadora sempre foi capaz de jogar o outro pra cima com tanta luz, que quando a de um falhava, o outro era atingido, independente do querer, tal qual. Então, com a vibração diminuída, era buscada uma saída, nem sempre tão fácil, e o todo ficava ameaçado. Um era capaz capaz de um tirar um pouco da sua luz pra não deixar a do outro apagar, mas conforme o tempo foi passando, o impacto aumentou.
Esses seres são mentores.
São incríveis. 
Extraordinários.
São pessoas que nasceram para fazer a diferença na vida das pessoas.
De uma.
De muitas.
De massas.
Vieram pra revolucionar.
Juntos, eles não operam na sua versão máxima ao mesmo tempo. 
Eles não descobriram a fórmula para funcionar em dupla full time
e sim na maior parte do tempo. 
Não foi suficiente, 
eles queriam mais

Talvez, unir suas luzes a outras mais fracas fizesse mais sentido, ajudar a despertar nelas o que de melhor há em si seja sua função de existência, é isso que faz sua chama se sentir viva, emanar, transcorrer o tempo e ultrapassar o espaço. Eles não precisam viver juntos. Eles vivem buscando suas certezas. Vez ou outra se encontram por aí, pra crescer, nem que seja por um momento, um pouco mais, para efervescer as suas equivalências, pra quebrar tudo, revolucionar. E aí é que colocam fogo no mundo. Talvez até neles mesmos. Não existe despedida. Nunca existirá. Isso não é ruim. 

Essa é a melhor história deles.

Ela pode ser vivida e revivida quantas vezes for preciso. 
Ela não morre,
sua essência paira no ar em forma de energia vital,
que mantém vivas as faíscas que iluminam o mundo com toda a eletricidade que contém a alma.

BARROS, Joyce Gabriella Barros.
Maio - 2018