Um dos atributos da inexorabilidade das coisas está nas ligações que permutam por entre os calafrios solutos da alma, a chama que acende e apaga, o fogo que dói, e tudo aquilo que ousou escapar nas entrelinhas do tempo.
É válido aceitar metaforicamente, águas de rios diferentes não se misturas, porém, continuam a serem rios e bastar-se do líquido, a correr, involuntariamente sob a mesma direção, e dependendo da perspectiva, evoluindo ao sol.
Trepidam as falas do inconsciente, despertando a chaga do memorável, da conexão voraz que consola a destreza do não mais estar, tornando assim, a conduta branda, baseando-se na presença das irrevogáveis ilusões do ser. Sim, talvez, pela inconstância dos desprazeres, pelo pouco bem concebido nas últimas horas, seja constatável afirmar a impossível presença de sangue na aorta, transparecendo assim, a plenitude da secura, da abstração de todos os movimentos possíveis, um refúgio em forma de passarela permeando sob o mar da indagação. Fatigante é, quem dera não ser, desconjuntar tanta obra num só momento, sem ousar exclamar palavra alguma naquilo que houve na presença dos votos secretos e mãos dadas na loucura, sob o pairar de devaneios sísmicos, e a chuva como coadjuvante testemunha do intercalo matinal. De todas esses insólitos desvarios, enloba-se a asserção da dúvida do ressurgimento do que não sucumbiu, em forma de vento intermitente que insiste em orbitar no litoral.
Joyce Gabriella Barros
Joyce Gabriella Barros