16 de maio de 2016

A tragédia dos pequenos grandes equívocos urgentes

O Grito, Edvard Munch, 1893
Hoje mais cedo, a minha consciência passou por um forte processo de desígnio, a mente em êxtase clamava por uma modificação do estado normal de algo muito particular. 
Efluía de dentro,
do âmago.
Há muito tempo,
algo em mim pedia socorro,
gritava por atenção,
queria ser visto. 
De todas as formas, essas condições tentaram se revelar para que eu pudesse perceber o que estava distante, errado, passível de correção, e eu, com a capacidade pouco difusa de observação, ignorei, calei, deixei estar. Sim, eu passei perto, foi por pouco. Quase faltou ar. Tentando esquivar-se da evolução para algo muito pior e talvez irreversível, colido com a surdez, ao ouvir a emissão de uma voz em tom agudo e elevado suplicando para ser posto fora à força do corpo, quase numa síncope. Foi sugestivamente suasório, a intensidade de sua aparição foi tão cruel, que deixou feridas e resquícios que levarão um bom tempo para serem extintos, embora admitindo crença na energia das consequências do inconsciente, na razão, no propósito e o fato de absolutamente nada vir a tona fortuitamente.
Um episódio alastrado de realidade, contudo, confundido com um sonho. Um chamado, a prova de que um apanhado de posturas merecem revisão. 
E sob tais conjunturas, me propus a engatar uma nova condição - e travar as velhas -, tocar as mãos uma à outra para agradecer pela capacidade de discernimento que ao sorrir em minha direção, me impediu de atos pérfidos contra si, com todas as garantias à mim e ao amanhã, que arcarei com todos os ciclos que foram abertos, e a partir de agora se encontram declaradamente dados por encerrados, para que novos começos venham e calcem alavanques infinitos.
Mudanças ascendem. Erros, carregam lacunas de regressão. É preciso arriscar-se, mudar o endereço dos medos e das dores, segurar com peito de ferro as rédeas de toda e qualquer situação contraditória da conduta.

Joyce Gabriella Barros. 

2 de maio de 2016

Sinto lhe informar

"Ponderação está diretamente relacionado à renúncia."
Faz sentido para você? Faz sentindo para mim.

Vem comigo, que eu te explico o porquê. 

Frequentemente nós somos enganados sobre as consequências do fado, do sonho alto, e até do calar a razão. Desvairados que somos, inauguramos o molde de um futuro que ainda não deu o seu primeiro passo, e a finalidade disso, é que sendo o amanhã um projeto - não uma programação; não é possível calcular as margens de erro -, uma construção, uma base sólida de um alicerce de proporção infinita à força de quem o edifica e deposita nele uma força extraordinária. Estando as doses de intensidade medidas a conta-gotas por receio do porvir, sinto lhe informar, é areia atirada ao vento. Não receber resposta à um estímulo, em demasia, corrompe a tudo aquilo que ainda nem a reergueu-se com vigor, os recintos de incertezas dão lugar ao que poderia ser, crescer e prevalecer, e de tudo, tira-se a constatação do que imaginava, por mera reação da ação presente. Não necessariamente estava escrito, fora modelado, até tal ponto que naquela altura seria o mais correto e cabível para a situação. Renunciar vontades por medo de reduzir a emoção à cacos é, sem dúvidas, um disfarce da fraqueza que desde já reconhece o rumo do produto final.
Joyce Gabriella Barros.