13 de julho de 2011

Deixo escapar



Os dias vão passando e através das horas, através dos minutos e segundos diários em que torno a viver, vou me percebendo cada vez mais distante das minhas pretensões. Se uma hora eu penso que tudo está indo suficientemente bem, mesmo de forma cautelosa e distraída, leva uma questão de segundos para tudo ir por água abaixo. Tudo porque, quando os sonhos vem até mim, eu não consigo agarrá-los com todas as forças e prolongá-los, mas sim deixo-os escaparem em curto prazo de tempo.

Joyce Gabriella Barros

12 de julho de 2011

Metade era assim...



Era uma menina. Era doce, mas conseguia ser chata. Era feliz, mas vivia triste. Era calma, mas sua paciência tinha limites. Era inteligente, mas não compreendia a vida. Era orgulhosa, mas sabia o valor de um perdão. Era perfeccionista, mas exalava humildade. Era morena, mas queria ser loira. Era tímida, mas tinha a fórmula secreta para fazer todos rirem com seu jeito engraçado. Era sensível, mas tentava sempre parecer forte. Era preguiçosa, mais sempre corria atrás de seus objetivos. 

Essa mesma menina tinha um sonho, e no fundo ela sabia que esse sonho jamais poderia ir embora, e a vida que ela levava alimentava a cada dia mais o desejo de realizá-lo e ela tornar-se um ser completo, sem meios-termos, e ela conseguir enfim, ser realmente e completamente feliz.

Joyce Gabriella Barros