Faz bem ao coração tentar diluir o abrigo das memórias aspereiras? O incontável poço complexo de sagacidade de ser tudo além do que poderia ser? São perguntas e respostas que ninguém mudaria, talvez. Enigmas incansáveis, contidos no plano do pudor magnético que desmistifica ensaios, reluzentes ao clarão da mágoa, transformada em chaga antiga, emoldurada de palavras íntimas.
Qualidade de ser onipresente, mergulhar no desprezo unilateral dos equívocos da alma, se esquivando da plenitude da existência, tal qual, consegue ressignificar um esplendor tão grato, que brilha sobre às inconstâncias do nascer de mais um novo dia.
Desejos que não cessam, que falam despretenciosos e clamam pela parte que mais lhe cabe em outrem, ressurge atos, matura lábios, continuamente em forma de planos cíclicos e secretos absolutamente escondidos no interior do seu ego.
Palmas para a solidão, para a plena consciência do seu caminho em vôo livre, onde o passageiro sem dor nem cura, se teletransporta para o vazio da comunhão consigo mesmo, e ainda sim vê paz, por saber que amar, é muito mais que sobrepeso no dosador de emoções. Amar, é sobretudo, ter em si mesmo, um guardador de experiências interespaciais de dentro pra fora, retomar um caminho sem volta, esquecendo os espinhos que envelhecem, ressaltando o que enobrece, e indo embora sem partir.
Joyce Gabriella Barros
Joyce Gabriella Barros