29 de junho de 2015

Terça-feira, 19 de Maio de 2015

Vou sentir tanto a tua falta, passarinho. Mas tanto. Que o pranto não segura e nessa hora não quer cessar. O vôo é alto e livre, as glórias, resplandecentes, tu hei de conhecer lugares mágicos, mergulhar numa cultura enraizada nos teus anseios, mudar, crescer, aprender, alçando o teu vôo pelas mais incríveis experiências que o mundo, tão rico e vasto, vai te proporcionar. 
Que nas horas mais difíceis, que bater a velha e amarga saudade de casa, você lembre do que te espera, do respeito e atenção que lhe será dado com prazer às tuas as tuas aspirações, o brilhante amanhã que você construirá com esse passo magnífico do presente. Voa! Voa! Voa! Não deixa as garras do mundo te prender, seja leve como o vento, releve, continue a jornada, não deixe nada parar seu tempo, viva o sonho, sempre com os pés no chão, claro. 
E caso um dia você pense que perdeu as esperanças, lembre-se que há um ser grande que está em todo lugar e não deixa de olhar um segundo se quer pelo seu espírito aqui na Terra, pense na sua família, que lhe acolhe emocionada, mesmo à distância, e pensa em mim, também, como uma pessoa que passou pela tua vida, aprendeu muito contigo, te fez aprender também e que independente de tudo que aconteça, apesar das circunstâncias, nunca vai deixar de torcer fortemente para que tu alcances sempre a luz dos teus projetos, tanto quanto que a felicidade absoluta sempre esteja resguardada fielmente dentro do teu peito. Voa, passarinho, a liberdade quer entrar, não deixa nunca ninguém cortar as tuas asas, porque tu é um menino puro, foi feito pra ir além.

À Felipe Almeida.

Joyce Gabriella Barros.

24 de junho de 2015

Fluídez peculiar

Sabe o que é bonito mesmo? Essa constante que nos permeia, que faz com que mesmo na distância, permaneçamos atrelados um ao outro sem contagem de minutos, horas, ou dias pro regresso, essa capacidade de viver ao longo dos dias serenamente, discutindo as estratégias, elaborando os planos e ansiando pelas horas depois do curso de ambos os rios, correndo assim, independentes, mas com os destinos sempre alados. 
É um encanto perceber que nada mudou, que tudo está como antes, aliás, só tem mudado para melhor. Nossos corpos separados, perceber que nada tem mudado, ações complementares, vivendo perenemente essa fluídez tão peculiar, como nunca havia sido antes e a maravilha de ver-te perto no fim do dia, sentir o teu sorriso acalorando minha alma, tuas palavras confortantes e o teu cheiro, inerente à memória. 
Sabe, é nessas horas que eu tenho a certeza que não preciso de mais nada, pois teu corpo é minha casa, e alma já encontrou o seu lugar...

Joyce Gabriella Barros.