2 de dezembro de 2023

dia____448, belo horizonte 2023: abraçar a autenticidade

oi, eu sou joy e hoje fazem 448 dias que eu fui passar um mês fora de casa e não voltei. 
tenho afirmado sobre confiar mais no todo. deixar me entregar a mim. autoconfiança é quando sei o meu lugar na minha própria vida, e na vida do outro. quando sei medir o grau de responsabilidade por tudo o que me acontece e quando sei reconhecer a hora de ficar ou sair. quando sei onde me cabe e o que me cabe. quando não tenho medo do que vem à frente, e simplesmente vou porque estou de mãos dadas com minha intuição. uma pessoa que fala 100% o que pensa não é uma pessoa autoconfiante. acredito que pessoas confiantes sabem exatamente o que dizem, e não dizem qualquer coisa. elas sabem quando acrescentar e quando silenciar. mas, do contrário, elas não pesam falar ou não com base no parâmetro de outra pessoa, mas sim do que ressoa com seus mais profundos princípios. autoconfiança é saber trilhar o próprio caminho e estar preparado pra abrir mão de muitas coisas, visando sempre encontrar a própria luz e propósito.

é aí que a gente se destacada. sendo diferente. ser diferente, nada mais é do que ser você mesmo. não seguir a manada ou fazer tudo aquilo que os outros estão fazendo em massa. fazer por você, evidenciar seu dom único de executar as coisas que você sabe da forma que você sabe. as capacidades, as crenças e as experiências são apenas um complemento do que te faz único. na verdade, elas potencializam “seu diferencial”. é celebrar as próprias particularidades e reconhecer a individualidade de cada um. como diria nietzsche: “torna-te quem tu és”. se você não conseguir mostrar pro mundo o que você representa pra ele, sempre será só mais um. se aceite. que se explodam os outros. sofrer é uma escolha sua! ninguém tem esse poder de te desestabilizar. a não ser que você abra as chancelas pra isso. é tudo sobre o ângulo que você está vendo as coisas.

temos que procurar sempre enxergar a vida por uma ótica amorosa. porque, em si, ela é o amor, se pararmos pra analisar profudanmente. a palavra amor, que é popularmente atribuída a um sentimento romântico é tudo o que precisamos e viemos cultivar, mas o ser humano não está pronto para essa conversa. ou apenas faz de desconsertado. o amor é um sentimento extremamente nobre para ser confundido com paixão, tesão, vaidade. apesar de muitas vezes conter um pouco de tudo. o amor é um sentimento unilateral. solitário. o amor não tem medida, nem facetas, não tem jogos nem mesquinhez. você dá sem esperar em troca. você só o é. o amor não depende de mais ninguém. você simplesmente aprecia, valoriza e cuida com todas as forças, por tão somente acreditar cegamente na força dele. quando a gente consegue enxergar a vida com os olhos amorosos do amor, sem julgamentos, mas acolhimento, a semeadura torna-se natural, e o plantio, abundante. próspero. isso dá sentido à vida. quando você ama, você está ainda mais perto de você mesmo e do seu propósito e atinge o amor mais verdade e puro que existe, sem egoísmos. o amor por você mesmo.

BARROS, joyce gabriella. sábado, 2 de dezembro de 2023. 

1 de dezembro de 2023

dia____447, belo horizonte 2023: desejos dezembros

oi, eu sou joy e hoje fazem 447 dias que eu fui passar um mês fora de casa e não voltei. começa hoje a contagem regressiva de 1 mês para um novo ano nascer. dezembro é aquele mês de união, retrospectivas, recessos, repaginadas, revisões e todos aqueles rés que não cabem num cartaz. só não vale dar ré, andar pra trás. por um panorama geral, eu sinto que muita coisa mudou até hoje. me sinto uma nova pessoa, com um novo olhar, e cada dia aprendo algo interessante comigo. mexo nas minhas percepções, analiso, e organizo mais uma vez. até tirar de lugar pra encaixar de novo. nesse tempo todo, lidei com muito peso de coisas que iam além das minhas condições. outras coisas me fizeram pensar que seria o fim do mundo, mas hoje eu vejo que não foram nem de perto o que a minha paranoia delirante me fez imaginar. tenho lutado pra estar cada vez mais perto de mim, do que sou, do que quero e vim fazer. de pessoas que me celebram e que me permitem celebrá-las também, sem medidas, sem a dureza das nossas incapacidades muitas vezes expressas sem querer, a mais pura externalização da vulnerabilidade que a todos conecta. me envenenei de ciúmes/posse de coisas que nem a mim pertecem de verdade, porque no fim das contas nada é nosso, a única coisa que talvez seja, é o nosso controle de si; mas reconhecendo lugares na vida alheia, e principalmente o meu, na minha, eu pude me reerguer, me firmar e entender que sou tão humana quanto pra poder experimentar tudo o que vim sentir nessa vida. e nem sempre são as melhores das melhores coisas. desafios fazem parte e a gente só não pode parar ou achar que a luta acabou. ela nunca acaba quanto termina. uma se vai para que mil outras venham, e tá tudo bem. a gente segue cada vez mais firme dessa vez, sabendo exatamente onde pôr a energia, já que dizem por aí que tudo o que a gente foca demais tem o dom de crescer sem fim, né? então para os próximos dias, pego na minha mão, me abraço, me acolho e digo: eu vou conseguir. já consegui mil vezes antes, por que agora seria diferente? ultrapassei limites impossíveis, vi coisas que nem nos meus melhores sonhos imaginei que veria e aqui estou, viva, forte e com histórias a mais na caixa. é disso que a vida é feita, da magia que a gente é capaz de enxergar no dia a dia e na busca sempre do mais, do que a sabemos que nosso sentido de impulso nos direciona. é nada mais do que sintonizar na energia e deixar a vida levar com aquele otimismo intrínseco e pé na fé. ela sempre sabe pra onde está indo.

BARROS, joyce gabriella. sexta, 01 de dezembro de 2023.

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