Um olhar que briha
Que sorri a tua arcada
A toda vez que te lembra
A toda vez que te fala
Seria temperamental
se não soasse tão peculiar
em sua libertina órbita de girar
nos entornos de um mundo tão silencioso como o meu?
Atemporal temporário
Pés no chão
Soluço no aorta
amanhã, que te importa?
Vai e volta pingue-pongue
Ousadia em ser
Escutar, ato raro
Um desafio à solidão
Sorriso impetuoso
Que desarma qualquer soldado
À par de uma guerra
Cartazes que não dou
Certezas que não tenho
Eu fico
Pelo bem de uma nação
de um coração
e dos espíritos que se cruzam
em meio a multidão
Joyce Gabriella Barros