14 de maio de 2025

responsabilidades que não podem ser terceirizadas

chega a ser engraçado como eu e a lua temos uma conexão visível.

eu a observo e sei exatamente o que ela quer dizer porque tá dentro de mim.

tipo um espelho, sabe? 

olhar pra janela e a enxergar, cheia, é quase como um sussurro potente.

hoje cedo eu precisei admitir algumas verdades pra mim. 

que muitas vezes me custo a aceitar e preciso de apoio pra entender que é aquilo e ponto. sem rodeios. aliás, eu amo coisas diretas. sem floreios. a maioria das coisas, mas não absolutamente tudo. 

as cartas também me dizem muita coisa,

a terapia alternativa. o reike. o podcast que ouvi "por acaso" no modo aleatório me fazem perceber, que em consonância com alguma coisa muito maior que me rege e eu desconheço, tudo está conectado. tudo faz parte um contexto. que é o tempo que temos. o agora. 

mentir pra si mesmo é a pior mentira, já dizia aquela música, e a traição que mais atravessa a garganta é aquela que parte de nós pra nós. quando a gente sabe que alguma coisa não tá certa mas fica querendo entender, enxergar, procurar um motivo ou uma razão de ser pra algo que já não é mais.

e nem atribuo essa culpa ao outro, porque essa não é uma responsabilidade que pode ser terceirizada.

o caminho é nosso e a gente só descobre ele caminhando. ninguém poderia fazer isso por nós. 

ninguém sabe o que é melhor pra nossa vida além de nós mesmos. não tem como figurar ou configurar esse abismo entre nos e os nossos desejos, os nossos sonhos e anseios de vida que mudam basicamente o tempo todo. partir é doloroso? sim, mas pior mesmo é manter alguma coisa só pra enfeitar uma vontade que muitas vezes não passa de uma construção social que resolveram meter na nossa cabeça quando ela ainda estava em construção. 

quem disse que existe um jeito certo de viver? 

na verdade existe.

mas ele não segue roteiro.

é escrito por cada um de nós.

como um presente do presente.

ou seja, a vida na qual herdamos pra fazer a pena a nossa essência e quem sabe deixar algo de bom pro mundo. 

coisas essas que não precisam ser grandes.

mas desperdiçar essa chance é não honrar por vaidade e covardia o que viemos fazer aqui. 

e a gente não veio fazer nada além de construir as nossas próprias histórias. 

BARROS, Joyce Gabriella. 14 de maio de 2025, Belo Horizonte/MG.