Prenuncias à parte, escolhas são particulares, traços, dizeres enaltecidos das vontades, profundezas, no geral. No sentido analítico da situação, é cabível aceitar que independente de qualquer coisa, o amanhã será o que é, o que for pra ser, será, na linguagem apurada dos clichês. Em se tratando de fatos, não há mentiras exprimidas nesse opoente, mas uma verdade quase que absoluta é que as coisas são o que são dependentes, por assim dizer, da frequência de cada um.
Citando uma situação hipotética, se meu eu deseja algo profundamente e corre atrás disso, com todas as suas garras e forças, sem perder o foco, mantendo o ritmo e apostolando incansavelmente no objeto de coerência, certamente alcançarei meu alvo, e o objetivo será cumprido, e então direi: foi assim porque tinha que ser. Mas tomemos como exemplo o inverso, se eu caminho pro contrário, fujo da rota e desvio do ciclo, eu perco a onda, consequentemente, encontrarei outra, onde, mais uma vez, colocarei a culpa nas coisas que são o que são e se foi assim era porque estava escrito em algum lugar. Claro que é concebível e completamente aceitável acusar o destino ou qualquer outra força maior pelas escolhas que são fincadas no presente, mas partindo do pressuposto de que ninguém, além de nós mesmos respondemos pela nossa conduta ou predições futurísticas, por que deixamos na mão da fluidez das coisas as mais difíceis e incorrigíveis decisões?
Seria, então, mais tangível, deixar de abranger e abrigar todas as circunstâncias capazes de restringir todas as nossas opções? De fato, não é requerido muita explicação ou questionários reflexivos em parcela. O Conselho Nacional das Decisões no Presente adverte: escolhas não se adiam, o passado esvaiu, e o destino, permuta, podendo não ter mãos suficientes para desenhar e construir alicerces no futuro. Objetivos não cessam e obviedades sempre prevalecem. Se não for pra ser, talvez, na verdade nunca tenha sido.
Joyce Gabriella Barros.
25 de Maio de 2015, PE, Brasil.