1 de março de 2016

Pequenas porções de mundo do outro


Existem pessoas do mundo, que derramam-se sobre o nosso mundo, com o poder de simplesmente despertar um imenso apreço, uma profunda identificação. Esse tipo de gente, geralmente é homem, mulher, ou até tanto faz, por si só se bastam, e vivem, para termos crises de catarses (no geral) com elas. Seja na vida, nos livros, na linguagem ou no poema. Elas sempre estarão lá, entendendo você de um modo que nas demais variantes do sistema, chega a ser inexprimível e improvável demais para ser transcrito a energia do grau de parentesco mental. 
Através de escolhas, preferências e gostos, vocês sentem que fazem parte de um rebanho, uma tribo, ou como você queira chamar. O problema, é que de tão iguais, os atritos se atraem, e contestar de fato, gabarita o sistema. 
Controvérsias à parte, ter pessoas diferentes vinculadas a si é uma forma de conciliação à sociedade, pois, sendo necessária a essência de uma mescla garimpada uma a uma, ligeiramente a personalidade remonta-se a partir de outras tantas e passa a ser eximiamente particular mesmo que fracionada. Mas sim, aquela pessoa, igual a você - em cores e olências, maturidade e no riso - ainda na sanidade, pairará com você. Porque gosto não se discute, não se mistura, se alinha às possibilidades das reminiscências de cada um, e faz da modéstia um caso alheio, capaz de ter no outro uma parte sua, transformar em troca e transitar por si em um lugar longínquo, de dentro para fora.
Joyce Gabriella Barros.