Digo, enquanto viajo.
Enquanto exploro.
Mas, como toda solitária, sempre encontro um outro só pela solidão.
E aí a gente se cruza,
a gente troca.
É bom.
Ando meio com vontade de ficar comigo mesma.
A sensação de explorar o eu tem sido única.
Pela primeira vez na vida.
Sozinha mesmo.
Passo por algumas pessoas,
trocamos sorrisos singelos de cumprimento,
mas só.
Silêncio e solitude total me acompanham no restante do caminho e aqui me sinto livre,
uma plenitude única onde eu posso ver que é nessa hora que tudo faz sentido outra vez.
A gente as vezes precisa resetar pra se conectar,
e é essa a sensação.
Andar sozinha é uma descoberta,
é caminhar no seu tempo,
no seu ritmo,
numa cadência que só você mesmo precisa respeitar.
Brumadinho/MG,
25 de Agosto de 2019.
BARROS, Joyce Gabriella.