30 de janeiro de 2020

se tiver coração de gelo, pode deixar que eu derreto

tu é como um príncipe. mas não daqueles sem defeitos que vivem nos contos de fadas. pra nossa sorte eles não existem, porque muitas frustrações em gente que não põe o pé no chão. é todo perfeitinho, sabe? tem uma fala mansa que dá vontade de trazer pro peito e fazer tanto carinho, que se dane o que tiver acontecendo do lado de fora se tiver só eu e tu aqui. dentro desse espaço. nossos momentos, claramente um filme de tão fluidos, mágicos, únicos. o jeito que a gente se envolve é massa. eu fotografo tudo na memória. faz tão pouco tempo. mas eu olho nos teus olhos e sinto uma segurança que parece muito mais. sabe aquela pessoa que quer e realiza? que com ela não tem meio-termo, blá-blá-blá ou mimimi? prioriza o que tem que ser priorizado como nunca: o agora. move mundos pra estar lá, conta as horas pra te ver, não cansa dos sinceros e sempre se mostra através dos sinais? principalmente numerológicos, ou até mesmo verbais, como ver teu apelido de três letras estampados nas placas dos automóveis por aí. tu sempre tem um jeitinho de se fazer presente. logo eu, que no começo julgava ser assustador o jeito que eu me sentia cercada, hoje é como se já fizesse parte da minha vida ter tua luz nos meus detalhes. e que luz.

fico encantada enquanto falo contigo, meu sorriso prova. eu sei que são só palavras estampadas numa tela, mas como eu disse, vou fazer o quê? tu é um mestre na arte de materializar, fazer valer. atitude aquariana de sobra, é daqueles que paga pra ver mesmo e só vai. eu corro pra te alcançar, pra chegar nessa tua efervescência, e que foda-se tudo. mas eu só vou, pulo no teu barco sem medo. é como se por mais que eu planejasse a cena em mente, tu fizesse com que na chegada a hora, tudo fosse muito melhor e maior do que é, por mais que singelo. até teu silêncio é bom. até o barulho que tu faz enquanto dorme é bom. porque me acalma, só de saber que tu tá ali comigo. é, desde a primeira vez que eu te vi eu sabia que queria ficar perto. eu te disse isso. só não sabia o quanto, nem como. exatamente em um ano depois aconteceu. aos poucos, fui abrindo mão da desconfiança e do medo de me envolver demais pra machucar alguém e tu foi entrando devagar. admito, ainda tenho medo, mas é como se do teu lado eu sentisse tanta segurança, que tudo o que eu pude pensar ou já pensei de negativo sobre isso fosse só um instante. e passa. e voltam os passarinhos pro meu estômago só de pensar em tu e no jeito que teu sorriso de criança levada me vicia. 

eu gosto de vibrar pelos passos que tu dá e acho tão brilhante quando tu faz o mesmo por mim. admiro isso. e te admiro também, em cada coisa que vou descobrindo. a vontade de toda hora é segurar na tua mão e dizer, bora, mano, não pode parar... não precisa nem a gente saber pra onde tá indo agora, a gente só precisa ir, já parafraseando uns mbps da vida afora. repito: tu é daquelas trips maneiras que de tão leve a gente sempre sempre faz questão de ter por perto, e só quer viajar mais e mais. e vai deixando e deixando, sem nem saber no que vai dar. só quer estar, conjugado no presente mesmo, no infinitivo, que é pra deixar aquele gosto de quero mais na boca por muito e muito tempo ainda.

BARROS, Joyce Gabriella.
23 January 2020 00:36