As luzes da cidade interferem por mim
Traduzem o velho brilho dos meus olhos fitos[ao te ver
Lembro-me como ontem
O travar de meus pulmões
Ao encontrar-te por acaso
Virei em frente
Com medo de ver-me
e relembrar os velhos e ociosos momentos
O coração falava por mim
Escravizava a solidão
Agora, onde estou?
Onde me encontro?
Será que podes me sentir?
Talvez não. Talvez estejas tão longe, que não conseguireis saber onde estou, por onde meu pensamento vaga, por pouco ter exteriorizado-os
Queria ter-te perto, mas não será tão possível quanto passível de todas as teorias aqui centralizadas.
Te revigoro, te re-broto, te peço perto
porém não vens.
Onde estás?
Não sei.
Só posso conjecturar que vagas dia e noite pelos meus meus mais doces pensamentos e singelas memórias que há de existir dentro
Quero que sejas feliz
Mesmo que não aqui
Mesmo que não por perto
Mesmo que não, em mim
Foi pouco, escasso, ficou, mas passou
Contigo, diferente
Outr'ora, ausente
Dadas reminiscências, esvaídas por um tempo que não regressará nem que haja vontade mútua.
Ou, talvez.
Talvez seja possível propor novos ânimos,
novos ares, pra'quilo que sempre se almejou.
Sempre existira.
Sempre esteve do lado e não se foi deixado existir, quem dirá, perceber-te.
(Joyce Gabriella Barros)