Você está prestes a cometer um erro, mas pensa bem, e vê, não vale a pena. Porém, um sagaz sopro conspirador do que muitos chamam de destino, te induzem, te fazem cometer tal delito com sede tão perversa que atinge seu próprio ser, sem transpor o respirar. A fala se transgride, faz com que os nervos do coração comecem a palpitar pro pior, e a sua mente cria um sensacionalismo acima daqueles receios que nunca existiram de fato. Ninguém é atrevido suficientemente a ponto de pedir perdão por aquilo que não fez por mal, ou talvez até tenha feito, mas quem disse que isso vem ao caso? Existem conjecturas que nos transmitem concomitâncias que são reprovadas automaticamente pelas ordens dos dias, perante o roteiro impetuoso que a vida consiste em se lançar para cumprir tabela.
Manter a calma, esvair-se do som, de um futuro que te espera, não é demais. Jamais esquecendo que a clareza dos seus dias, poderão vir adiante, se você permitir, que simplesmente seja feito o balanço dos seus desperdícios até o determinado ponto em que se encontra a vida atual. De nada adianta ser absolvido, os estigmas sempre ficarão cravados na pele como uma âncora finca um barco no mar, serão sempre necessários fatos que comprovem a displicência para justificar a transgressão, e que nunca poderão ser outra vez mais vistas, sempre haverão suspicácias infindáveis amarradas à sola do sapato, munido daquilo que chamam de compaixão inexistente, então, apenas pergunto, de que adianta? Apesar dos giros do mundo serem cíclicos e muitas coisas acabarem voltando sempre pro mesmo lugar, apesar de tudo estar abarrotado de reminiscências, cabe a si mesmo o papel de continuar, seguir em frente, ver onde tudo vai acabar, e ainda assim, chegar até certo ponto, e apenas concordar, que se as coisas suscetíveis foram até aqui, é porque era hora de parar.
Joyce Gabriella Barros.
Joyce Gabriella Barros.