14 de setembro de 2015

Diálogos Recíprocos, sessão 2


"Não tinha certeza se viagem, coisa profunda e além do tipo. Eu só já sabia de nós... naquela noite de fevereiro, senti uma sensação íntegra de que a cidade e o mundo eram só nossos, e apesar do todo que te rondava, eu era o teu completo e só eu seria capaz de proteger-te de tudo, por ser o teu escudo, e enfim, a tua paz. Quando você me pediu para eu não te deixar por nada, ''fica comigo'', eu simplesmente peguei na tua mão e agarrei a incógnita, fiz da tua casa o meu abrigo e feliz, não me senti mais só. Não sabia onde estava, tampouco quem era, mas era seguro, algo chamava de porto. O lado mais afiado de sermos passageiros da noite é que parecíamos únicos no mundo, e ele, pequeno demais para as nossas vontades. Sinto que em breve isso voltará, tudo será nosso outra vez, podendo desbravar tudo lado a lado. Meu tempo é todo teu, você espanta do meu peito todos os males do infinito."

*escrito com base em um paralelo de cenas passadas e futuras captados da mente. Viva a universalidade das ideias!

"Inspirador! Arte! Intensidade de pensamentos! O que é o espaço e o tempo das mais profundas e mais intensas ondas do pensamento, ainda mais quando imersas na fonte inspiradora do amor? Viagem astral! Pontos, palavras-chave. Sinta-se privilegiada por conseguir atingir esses estados de leveza espiritual, e... por falar daquele dia, ali foi certeza, sentimento rápido, crescente... qual o limite de duas almas pensantes e amantes? Não há. Me ama, te correspondo. Apenas te quero."

Diálogos Recíprocos, setembro de 2015.

10 de setembro de 2015

Sobre manchas de fumaça e presenças infindas

Eu não preciso de uma porta em que você chegue em meia hora, me chame pra gente ir embora, pra ser feliz ou nunca mais. Eu só preciso manter. No presente do infinitivo. Do infinito de nós dois. Tua calma me sacia, lambuza meus pensamentos e a razão corre solta pelo ar dentro do seu perfume veloz, que se propaga dentro da minha emoção como dentro de uma canção, e as horas se repartem fazendo com que eu sinta o calor da tua pele de uma maneira tão natural, que causa certa ânsia pelo mais que ainda não pousou. E aí, as asas do tempo nos pressionam, o sentimento que reluz é o calor das tuas mãos entrelaçando as digitais. E você está, mesmo sem estar. Por rápidos segundos minha realidade cai, a razão corroí, e te sinto. Sem saber. Você está. E são os segundos mais felizes do meu dia. O ápice carnal da tua presença não é constituído por nós, mas pelas nossas almas, que inertes frente a frente à outra, se misturam, e não existem conflitos magnéticos, tudo se dá tão bem e fluido que eu desejaria tudo aquilo para mim em todos os sempres que habitam os planos da existência.
Joyce Gabriella Barros.