1 de março de 2016

Pequenas porções de mundo do outro


Existem pessoas do mundo, que derramam-se sobre o nosso mundo, com o poder de simplesmente despertar um imenso apreço, uma profunda identificação. Esse tipo de gente, geralmente é homem, mulher, ou até tanto faz, por si só se bastam, e vivem, para termos crises de catarses (no geral) com elas. Seja na vida, nos livros, na linguagem ou no poema. Elas sempre estarão lá, entendendo você de um modo que nas demais variantes do sistema, chega a ser inexprimível e improvável demais para ser transcrito a energia do grau de parentesco mental. 
Através de escolhas, preferências e gostos, vocês sentem que fazem parte de um rebanho, uma tribo, ou como você queira chamar. O problema, é que de tão iguais, os atritos se atraem, e contestar de fato, gabarita o sistema. 
Controvérsias à parte, ter pessoas diferentes vinculadas a si é uma forma de conciliação à sociedade, pois, sendo necessária a essência de uma mescla garimpada uma a uma, ligeiramente a personalidade remonta-se a partir de outras tantas e passa a ser eximiamente particular mesmo que fracionada. Mas sim, aquela pessoa, igual a você - em cores e olências, maturidade e no riso - ainda na sanidade, pairará com você. Porque gosto não se discute, não se mistura, se alinha às possibilidades das reminiscências de cada um, e faz da modéstia um caso alheio, capaz de ter no outro uma parte sua, transformar em troca e transitar por si em um lugar longínquo, de dentro para fora.
Joyce Gabriella Barros.

24 de fevereiro de 2016

O inverso de exemplo

Prenuncias à parte, escolhas são particulares, traços, dizeres enaltecidos das vontades, profundezas, no geral. No sentido analítico da situação, é cabível aceitar que independente de qualquer coisa, o amanhã será o que é, o que for pra ser, será, na linguagem apurada dos clichês. Em se tratando de fatos, não há mentiras exprimidas nesse opoente, mas uma verdade quase que absoluta é que as coisas são o que são dependentes, por assim dizer, da frequência de cada um. 
Citando uma situação hipotética, se meu eu deseja algo profundamente e corre atrás disso, com todas as suas garras e forças, sem perder o foco, mantendo o ritmo e apostolando incansavelmente no objeto de coerência, certamente alcançarei meu alvo, e o objetivo será cumprido, e então direi: foi assim porque tinha que ser. Mas tomemos como exemplo o inverso, se eu caminho pro contrário, fujo da rota e desvio do ciclo, eu perco a onda, consequentemente, encontrarei outra, onde, mais uma vez, colocarei a culpa nas coisas que são o que são e se foi assim era porque estava escrito em algum lugar. Claro que é concebível e completamente aceitável acusar o destino ou qualquer outra força maior pelas escolhas que são fincadas no presente, mas partindo do pressuposto de que ninguém, além de nós mesmos respondemos pela nossa conduta ou predições futurísticas, por que deixamos na mão da fluidez das coisas as mais difíceis e incorrigíveis decisões? 
Seria, então, mais tangível, deixar de abranger e abrigar todas as circunstâncias capazes de restringir todas as nossas opções? De fato, não é requerido muita explicação ou questionários reflexivos em parcela. O Conselho Nacional das Decisões no Presente adverte: escolhas não se adiam, o passado esvaiu, e o destino, permuta, podendo não ter mãos suficientes para desenhar e construir alicerces no futuro. Objetivos não cessam e obviedades sempre prevalecem. Se não for pra ser, talvez, na verdade nunca tenha sido.
Joyce Gabriella Barros.

25 de Maio de 2015, PE, Brasil.