3 de maio de 2015

Flashes que sorriem teus ânimos

Os olhos fechados sempre funcionaram bem no quesito teletransporte no tempo, é como voltar ao pico inicial desprovido de limites. Minha janela profunda, que se abre a uma imensidão de respostas e memórias, não deixa carga de dúvidas nenhuma.
Vejo teu rosto, a sinuosidade dos teus traços, que me fizeram sentir desde a primeira vez que não era preciso saber de um nome para lembrar - sem sombra de dúvidas - de um sorriso tão cortês e tão quanto, ao mesmo tempo, pecaminoso, que diz tanto sem falar, e que de tão bonito em sua plenitude e serenidade, poderia tocar no rádio como uma canção flamejante no meio de todas as outras...
Tão profunda a marca firmada que não tem pressa ou qualquer equívoco sobre o que costumava ser vão. Estaria eu falando de um segredo? Talvez. Conhecido muito bem pela natureza implícita que nos segue a todo instante e que é capaz de despertar as maiores realidades dentro da pequena existência, esvai toda solidão exalando pureza. 
São momentos seguros, 
um porto,
sem parto,
paraíso,
abraço amargo que de tão doce acalora a alma e traz agudez pro espírito, confia e quer bem e ainda sim, por mais memorável que seja em seu tráfego, não desaparece para tornar-se antepassada.

Joyce Gabriella Barros.