3 de novembro de 2017

Nós cavamos a nossa própria cova




Não é a toa quando dizem: nós cavamos a nossa própria cova. Mas há de se ver pelo lado bom, nem
tudo é cova para quem tem o jeito Poliana moça¹ de ver a vida. 

Cova ou não, carregamos um mundo dentro de nós, e ele está encharcado de realidade. Digo, é tudo uma questão de absorção, ou melhor, ser filtro e não esponja. Saber exatamente a qualidade do que estamos 'embebendo' para dentro do nosso corpo, a nossa casa. Palavras, atitudes, exposições oriundas de terceiros, não devem nem podem atingir o nosso interior diretamente; praticando a ação de refletir, olhando cada vez mais para o lado de dentro, agir com eco e repelir a negatividade para que nada abale aquela profunda fé cega. 

As pessoas andam divididas pelas suas boas e más intenções, sobretudo suas energias que nunca mentem, mas não dá para assegurar que a todo tempo estaremos a salvo. Ou será que dá? Talvez, se soubermos como se auto proteger de todos os males, saberemos como classificar as cargas de informações que recebemos todos os dias, ignorando-as ou usando-as de maneira edificante; e não é o bloqueio total para as asperezas da realidade ou simplesmente o fechar dos olhos, a sabedoria-chave é saber direcionar o foco blindando nosso corpo para tudo aquilo que não nutre a nosso mundo.

BARROS, Joyce Gabriella.
___________________________________________________________________
¹: Obra de Eleanor H. Porter, em que a personagem principal, Poliana, vê a vida sempre a mil maravilhas, um mundo 'cor-de-rosa' idealizado e sem maldades, sempre acreditando no potencial de bondade das pessoas, demonstrado com pureza, otimismo e amor. Pode ser caracterizado como uma fuga da realidade, uma vida fantasiosa, onde as coisas ruins não acontecem.