24 de setembro de 2018

Dá-lhe voz ao que não pode calar

E por falar em lealdade e sinceridade, por agora, prefiro admitir estar curtindo esses ritmos sem roteiros e definição, ponderando expectativas (assim até as coisas mais simples surpreendem), contrária à necessidade de rótulos: a base de tudo, atrelada à ideia de desprendimento. Reiterando aqui, tenho me tornado fã da liberdade que  nos damos para sentir o que quer que seja. Ser fiel a si é a maior fidelidade de todas, às próprias vontades, às urgências, ao que o coração pede. Admitir a distorção do externo que a sombra do outro causa quando se encontra frente a ela, no sentido de, mesmo liberto a fazer o que queria, abre-se mão, mas não por um simples querer, mas apenas ouvir da boca amarga das vontades que ela só quer estar unicamente de estar ali, só aí dentro. E nada mais importa.
Por agora as coisas são. Amanhã podem não ser, depois também não, e podem voltar a ser de novo. 
Sendo o todo total cíclico, a verdade é que o dom de escolha irradia, apaixona, ainda mais quando existem milhares de opções por aí, mas você só quer estar ali, naquele momento, enquanto poderia estar em qualquer outra parte.  
É bom lembrar que em meio aos parênteses durante a história, existe a possibilidade de sentir que nada muda ela. Aqui aqui, tudo vale até não caber mais; o que não pode é somente fingir ou enganar. De resto, a gente não tá fazendo mal pra ninguém dando voz ao que não pode calar.

BARROS, Joyce Gabriella.

28 de maio de 2018

Eletricidade com carga alta envolvida


Tão positivos,
mas tão positivos,
que colidem,
geram um atrito imbatível!

A força impulsionadora sempre foi capaz de jogar o outro pra cima com tanta luz, que quando a de um falhava, o outro era atingido, independente do querer, tal qual. Então, com a vibração diminuída, era buscada uma saída, nem sempre tão fácil, e o todo ficava ameaçado. Um era capaz capaz de um tirar um pouco da sua luz pra não deixar a do outro apagar, mas conforme o tempo foi passando, o impacto aumentou.
Esses seres são mentores.
São incríveis. 
Extraordinários.
São pessoas que nasceram para fazer a diferença na vida das pessoas.
De uma.
De muitas.
De massas.
Vieram pra revolucionar.
Juntos, eles não operam na sua versão máxima ao mesmo tempo. 
Eles não descobriram a fórmula para funcionar em dupla full time
e sim na maior parte do tempo. 
Não foi suficiente, 
eles queriam mais

Talvez, unir suas luzes a outras mais fracas fizesse mais sentido, ajudar a despertar nelas o que de melhor há em si seja sua função de existência, é isso que faz sua chama se sentir viva, emanar, transcorrer o tempo e ultrapassar o espaço. Eles não precisam viver juntos. Eles vivem buscando suas certezas. Vez ou outra se encontram por aí, pra crescer, nem que seja por um momento, um pouco mais, para efervescer as suas equivalências, pra quebrar tudo, revolucionar. E aí é que colocam fogo no mundo. Talvez até neles mesmos. Não existe despedida. Nunca existirá. Isso não é ruim. 

Essa é a melhor história deles.

Ela pode ser vivida e revivida quantas vezes for preciso. 
Ela não morre,
sua essência paira no ar em forma de energia vital,
que mantém vivas as faíscas que iluminam o mundo com toda a eletricidade que contém a alma.

BARROS, Joyce Gabriella Barros.
Maio - 2018

21 de maio de 2018

O adeus que nunca chegou

Coloca o play em meio-tom e sente tudo: [click here]

"Depois de tantas cartas-permanência, aqui vai a despedida. Não se trata de algo triste, visto que a tristeza não é um sentimento priorizado por mim, por nós. É mais de agradecimento por ter sido tão incrível na minha minha nos últimos três anos e três meses, aquele ponto onde tudo congelou. Por ter sido sorriso, por ter sido paz, por ter sido caminho, certeza, sonho junto, emoção, e uma caixa totalmente cheia de coisas boas, vibrações intensas e grande produtor da energia colorida que nos permeava. Chega um momento que não há mais espaço pra seguir em frente, a gente tenta, tenta, e no fim das contas, acabaria sempre retornando pro mesmo lugar, visto que talvez o prazo de um na vida do outro já tivesse passado há um tempo e não aprendemos muito bem a lidar com isso. Agora eu aceito. Dói um pouco ter que admitir, mas eu entendo tudo,e  conforme o tempo passe, entenderei bem mais. O sentido pra vida é a gente quem dá, e por muito tempo, juntos, o enxergamos de uma maneira que talvez jamais veríamos se não estivéssemos presentes na vida um do outro. Cumprimos nosso papel. O valor do silêncio, a beleza interna de uma pessoa comum, o amor por si mesmo, o preço alto da economia, um intercâmbio de essências tão extraordinárias, que foge de qualquer razão ou explicação. Foram momentos majestosos com a pessoa mais sensacional, aquela me ensinou muito e sei que aprendeu muito comigo, também.

Que suas melhores lembranças de nós dois sejam sempre positivas, que a gente ouça falar muito bem do outro, à distância, e tenha certeza que o legado se manteve, pra sempre. Eu te desejo um rio de sonhos e um mergulho intenso nas tuas maiores realidades, nas tuas descobertas, nas tuas metas! Que seja claro o caminho de permanecer seguindo tua própria essência, teus próprios princípios e a luz que brota como raiz desse coração de magnitude avassaladora, que atinge muito a cada pessoa que cruza contigo na vida. E que sorte dessas pessoas que puderem te ter como protagonista ao lado delas, sendo âncora, transbordando magia, tenho certeza de que tu serás fundamental em cada passo que tiver que dar em função de fazer a diferença na vida de alguém, eu sei. Sucesso na tua jornada. Foi lindo demais enquanto a gente se cruzou por aqui! Não cabe a nós alterar o curso da vida, não é mesmo? Tentamos demasiadas vezes, mas acabou que não deu. Ou melhor, deu, enquanto tinha que dar. Não esquece, amor de almas não passa nunca. A gente ainda vai amar muito nessa vida, quebrar a cara, cair e levantar, vai fazer burrada, chorar e rir de tudo isso, mas a certeza do que sentimos um pelo outro se manterá por longas existências, como acredito que assim sempre foi, mesmo que nas anteriores. O amor não muda, apenas se transforma e torna-se parte de algo além de nós para fincar o infinito.

Um beijo."

BARROS, Joyce Gabriella. 
Maio 2018.

18 de maio de 2018

Dez do cinco.



Dez do cinco.
Dez Versus cinco. 
Dois cincos que juntos, são 10
Dois cincos, que separados, 10
Multiplicam-se, 
somam-se, 
e a partir desta data, 
dividem-se.
Mas nunca subtrairão-se. 
Já foi dito. 
Já foi feito. 
E agora, 
definitivo sentido. 

Como pode um coração amar com tanta força, tanta intensidade fora da razão, sem julgar, sem ver nada além daquele momento a sós? 
Unos no universo
centrais imersas em conexão. 
Olho por olho, 
mente por mente. 

Te fitar uns minutos, silenciar, te reconhecer, sentir você e depois sentir a mim. Me orgulhar.
Guerra!
Guerra essa sem derramamento de sangue, rio sem foz, cheio de caminhos e deságuo. Senti amor por mim no momento em que compreendi o real sentido de uma separação. Sem nenhuma sensação penosa, sem nenhuma mágoa, uma vontade infinita de voar agora, de tão somente perder-me, ser dona de mim, por saber que eu fabrico minhas emoções, sendo o pássaro que conduz as minhas asas, que conecta os meus sentidos e me põe no colo, 
chora comigo, 
me acalenta, 
me ama. 
Eu.

Tá tudo tão bem entre eu e mim que não tem espaço aquém para outrem. 
Não tem espaço algum para uma dor, 
não tem. 
Estou feliz, por mim. 
Por ti. 
Pelos nós se manterem apesar de nós não estarmos mais juntos, mais perto. 
Isso é amar.

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BARROS, Joyce Gabriella. 
10 de Maio de 2018. 20:52

2 de maio de 2018

Carta-despedida y sus traduciones


foto: Joyce Gabriella Barros | Bogotá

"Queridos niños,

Sabiam que o mundo é tão grande, mas tão grande, que é quase impossível conhecer cada parte dele em uma só vida? Pois é! Mas eu disse quase, ou seja, vocês podem tentar! Podem ser o que quiserem nessa vida, viver de acordo com seus sonhos, basta acreditar! Seja na cidade, no mar, ou na naturea selvagem, vocês podem mergulhar e viver essa grande aventura que é a vida! 
Tenham sempre paciência com seus companheiros e saibam fortificar a tolerância que aprendemos um dia na classe. 

Não se esqueçam do quão são fortes, inteligentes e capazes o suficiente para conseguir o que desejam! Queiram ser felizes, queiram êxito, queiram ABRAÇAR O UNIVERSO!

Obrigada por tudo o que aprendi com vocês todo esse tempo, vocês são seres incríveis e merecem uma vida incrível, também. Nunca vou esquecê-los, e sentirei falta até de ver vocês causando treta ou fazendo aqueles barulhos descontrolados pela sala, mas calma, sejam ~ajuizados~ sempre!

Um abraço cheio de amor,
espero por vocês no Brasil. 


Profe Joyce, 17/04/18."

BARROS, Joyce Gabriella Barros. @ AIESEC Brasil
17 de Abril de 2018 / Fundación Jesús El Buen Pastor - Bogotá, Colômbia.

30 de abril de 2018

Impacto que gera impacto!

foto: Joyce Gabriella Barros. Fundación Jesús El Buen Pastor - Bogotá. 

Não há escola melhor que a vida, ou melhor, que as experiências de cada momento em que se sente a presença total. Me encontro impactando e gerando impacto a cada dia que passa ao viver um pouco do todo da cultura colombiana. Seus gostos, seus costumes, suas cores, podem ser um pouco familiares para mim, mas ao viver a fundo, vejo que não. Apesar de serem extremamente calorosos e receptivos, o massa de tudo é poder esquecer um pouco do que sou para agregar um pouco deles, sem perder a essência, claro. Todas as tentativas e erros de falar melhor, de me comunicar e me deixar transparecer tudo o que sinto ao máximo, energizam a experiência e me fazem sentir parte de tudo. Não sei explicar em sentimentos, mas essa tem sido a melhor experiência da minha vida, em que abri mão de tudo para viver quem sou, sozinha, mas ao mesmo tempo cercada de gente tão incrível que me faz perceber que meu lugar é o mundo, e a gente só sabe disso depois que põe a cara a tapa. Vontades não nos levam muito longe, ações, certamente!
BARROS, Joyce Gabriella.
06 de Março de 2018. Bogotá, Colômbia.

27 de abril de 2018

Intercâmbio cultural pela @ AIESEC e suas profundidades

Há 46 dias de um intercâmbio cultural em Bogotá, me pego vivendo como se não houvera amanhã, cada dia sendo como um. Cheguei sem conhecer ninguém e aberta às possibilidades que vão desde a diferença de comida até sair a explorar uma cidade de trânsito caótico e demasiado hospitaleira, ter conversas super incríveis com os conterrâneos ou os irmãos de países vizinhos. Tem sido uma experiência e tanto, única, inverosímil. 

foto: Joyce Gabriella Barros | Bogotá

Vim com objetivos maiores, mas acerca deles, estão todas as coisas que estão se desenvolvendo além de mim, que talvez eu precisasse de tudo isso pra me enxergar, de fato, em outra perspetiva, e descobrir que eu sou a melhor companhia enquanto eu estiver sozinha no meio mundo. Tenho ensinado e aprendido muito, deixado um pouco de mim, e levado um pouco de cada um que cruza meu caminho. É como se todo conhecimento que eu tenho reunido até hoje estivesse fazendo sentido agora. Essa é a proposta. O mundo é mesmo cheio de vida e feliz é aquele que o encara de peito aberto para tudo de mais sagrado que ele pode oferecer. Se eu tive medo de embarcar nessa grande aventura? Sim! Mas coragem é isso, voar com medo mesmo!
¡Dale, Colômbia!

BARROS, Joyce Gabriella.
16 de Abril de 2018. Bogotá, Colômbia.

26 de abril de 2018

Revolución

foto: Joyce Gabriella Barros | Jardín Botânico Jose Celestino Mutis - Bogotá

Quantas revoluções podem acontecer em tão pouco tempo? Mudanças internas, externas, caos. Segundo o dicionário, do ponto de vista físico, revolução é o movimento completo de uma figura em torno de um eixo. Mas a gente tá aqui justamente pra quebrar nosso ponto fixo e se perder por total dele. Esse movimento, circular ou elíptico faz com que um móvel volte à sua posição inicial. Mudar de volta é, mesmo assim, mudar, já dizia Rafael Cardoso. É abrir as asas pro desconhecido e não temer o que já se conhece, provocando dentro de si novas formas de encaixe, caminhos progressistas que levam a um propósito. O que vem na essência. É sonhar sem temer a queda, ou cair, não hesitando o levantar. Revolução e resiliência andam juntas. Para uma acontecer, a outra precisa se fazer presente a tal ponto em que tudo seja passível de adaptação onde nada se perde, tudo se transforma.

BARROS, Joyce Gabriella.
19 de Março de 2018. Bogotá, Colômbia.

25 de abril de 2018

A vida é uma viagem

Sentar ao mar, mirando o pôr-do-sol mais incrível da vida. Poder desfrutar em dose cheia da melhor companhia: eu. Em um porto, para lembrar de que somos barcos e não um cais. Para lembrar também, que a vida é uma viagem, e nenhum destino tem volta. Porque quando regressamos, já não somos mais o mesmo que partiu. Com sua imensidão, o mundo só quer um mergulho com peito aberto e coragem. Assim vamos. Olhar pro céu, vê-lo mudar de cor, de azul gris pra um morado majestoso, embarcações movendo-se distante, vagamente, ao seu ritmo. Sentar, balançar os pés, respirar com calma e sentir a presença de existir no mundo. Exalar gratidão por dias, que embora poucos, tem sido tão incríveis. Gente que tem passado, como uma estrela cadente que desaparece depois de tanto brilho, e deixa um pouco de si, leva um pouco de nós.

Foto: Joyce Gabriella Barros | Baía de Santa Marta - Colômbia / 2018

Ah, Santa Marta, será que fui eu quem estava aberta demais pra receber pessoas tão estranhas e diferentes a me ajudar ou são vocês que tem essa amabilidade nata? Olhar pro céu e não ter um por cento que seja a reclamar de nada, absolutamente nada, é a melhor sensação que pode haver. Cambiar a vida, sentir o som do mar, meninos brincando de fundo, sonhos anoitecer. Pensar por um momento. Meter a mão no bolso. Encontrar dinheiro. O contentamento não vem daí, mas um lugar pequeno guarda grande gratidão. E de fundo, Bob Marley a dizer: "don't worry about a think, 'cause every little is gonna be alright", que sim, foi pra mim naquele momento, justo naquele momento, eu sei. 

Pra que se preocupar? Tudo sempre dá tão certo, tudo sempre caminha tão bem pro bem acontecer. No fim das contas tudo se encaixa, até as horas se ajeitam pra esperar o melhor. ¡Que rico é o viver! "Tão linda viajando solita por esse mundo", disse uma senhora para mim a caminho do terminal enquanto conversávamos sobre meus itinerários. Linda, sim, e feliz por estar escancarando o coração pro desconhecido cada vez mais sem pensar além das efemeridades. 

BARROS, Joyce Gabriella. 
Santa Marta, Magdalena. Colômbia - Abril/2018.

24 de abril de 2018

Global Volunteer e a revolução da infância @ AIESEC Brasil


Só quem passa duas horas por dia pra chegar no trabalho e mais duas pra voltar em uma cidade de 1.775 km², sabe. Eu tô falando da Colômbia. Eu tô falando de Bogotá. Não trata-se do percurso em si, mas basicamente de uma série de fatores, que entre tantos, envolve demasiados "trancones" no trânsito, se assim for plausível de entendimento.

Às vezes um sorriso muda tudo. Ou quase sempre. Um quase choro de tristeza, de alegria, ou de algo que você não sabe bem o quê. É difícil entender um coração, mais ainda de uma criança, e mais, mais ainda, de uma criança com um idioma materno diferente do seu. Será que somos capazes de escutar tudo o que falam? Seus rumores, suas manhas, ou táticas pra chamar um pouquinho mais de atenção? Faz parte entregar os ouvidos, abrir as emoções para receber de pronto tudo o que eles têm pra nos ensinar. Toda essa experiência com pequenas grandes pessoas me faz enxergar o quão ainda temos pra aprender, pra alcançar, pra libertar, visto que, mais do que nunca, são eles o futuro, e nós também, claro. Mas estamos em uma construção mais avançada, mesmo perdidos, sabemos pra onde ir, ou não. Somos uma espécie de guia para eles, razão pela qual sua ternura muitas vezes se perde nos cinzentos ares de um simples "não". Nãos esses, que muitas vezes aprisiona, e cria um emparedado de tijolos à sua frente, banindo toda criatividade e possibilidade de gritar ao mundo anseios, que, os maiores muitas vezes julgam como desnecessários, ou não tem ouvidos suficientes para tanto. 

Revolução é a palavra. É abrir os limites das asas e deixar que sonhem, e mais que tudo, lhes instruir a isto, ser asa, ao invés de raiz. É ser chão, quando necessário, todavia. Nem sempre é fácil, porque alguns já vem com a barreira de berço, desde a hora em que mesmo não sendo uma decisão própria, vieram a conhecer o mundo. 

Que sejamos luz e assim deixemos cavado cada espaço em branco em que muitas vezes não sabemos o que dizer a uma pergunta tão inocente quanto sua essência. Que sigamos sabendo disseminar o amor na sua razão mais pura, sempre interligando ao ato de fazer algo bom pelo outro e acrescente ao menos um pouco naquilo que ele é de verdade. Que saibamos deixar nossa marca, nunca esquecendo o que fazer para deixar nossos pedaços mais importantes, e acima de tudo, sabendo compartilhar um pouco do brilho nos olhos tão puros de cada um, também.

Foto: Joyce Gabriella Barros at Fundación Jesús el Buen Pastor | Bogotá - Colômbia 2018

BARROS, Joyce Gabriella Barros.
Bogotá - Colômbia, Abril/2018.

28 de fevereiro de 2018

Perspectivas


2018 mal começou e eu posso considerá-lo o melhor ano que já vivi até agora. Em nível de autodescoberta, experiências de mim para mim. Quanta mediocridade no mundo, quantas razões para não querer nele viver, mas, felizmente, isso me motiva. Me motiva a supera-la, me motiva a ser 1% ou simplesmente 0.1% por cento a todo dia, porque a quantidade não importa muito durante a caminhada, mas a qualidade do desenvolvimento. É de suma importância buscar o auto nível, excelência em tudo que faz, chegar naquele ponto onde você para e pesa: eu faço parte da massa da mudança, da massa que está construindo o futuro que eu desejo, e acima de tudo, que eu mereço, que não aceita ser menos, que aceita ser médio, mas quer sempre subir mais alto! Foco nos objetivos, vamos começar respondendo mentalmente algumas perguntas para que lutemos com mais foco e afinco para que a definição de lá, faça mais sentido na oração "chegar lá". 

Quem eu sou?

Quem eu quero ser?
O que a pessoa que sou tem buscado para construir a que quero ser?
Qual o meu prazo de uma para a outra?

Respondidas essas perguntas objetivas principais, de a largada agora para erguer a construção! Ela não para, ela é diária. Depois que virar um hábito, será tão natural vivê-la, que será impossível querer parar, e quando se vê, você já está na em cima, e sempre querendo ir mais além.

BARROS, Joyce Gabriella. 2018. 08 de Janeiro. 

9 de janeiro de 2018

Dez

Hoje foi o retrato de um fato interessante. Merecedor de atenção, um foco nas coisas simples.

Fui à academia sem um objetivo comum, a única coisa que tinha em mente era o movimento do corpo, sem musculação nenhuma, apenas uma atividade aeróbico básica para liberar a endorfina que faltava e terminar um dia magnífico com um sono turbinado.

Mal sabia eu que aquele seria o começo de uma noite cheia de metáforas latentes. Só as pessoas muito conectadas e conscientes com o presente podem, de fato, enxergar o não palpável.

Ao chegar, me deparei com um lugar lotado de pessoas, transitando para todos os lados, por onde se olhasse via-se alguém. E eu, sem vontade de papo furado, evitando quaisquer tipo de troca, principalmente de olhares em minha direção, sobretudo companhias descabíveis, comecei a correr.

Impossível não ouvir o falatório alheio e por um instante indagar: "o que faço aqui?"
Pensei em fugir, contudo, seria mais inteligente agir com indiferença e centrar tudo o que eu podia pro lado de dentro. Transpus foco total para aquela atividade e logo comecei a estabelecer objetivos para aquela tarefa. Algo como: quero superar meus limites, hoje. APENAS HOJE.

Meu recorde pessoal atual era de conseguir correr 2 km em 12 minutos e alguns segundos.
Posso dizer que o foco me permitiu realizar a mesma distância em 11 minutos praticamente redondos. quase fechados. Senti um gás incrível. Não para parar, mas sim, fazer daquele momento mais uma superação.

Não contente, corri mais 1km. Totalizando 3km em 14 minutos. E ao olhar ligeiramente para o lado, notei eu estava há 15 minutos da pessoa que se encontrava ali. Como assim? Tínhamos praticamente a mesma distância, mas haviam 15 minutos de diferença de tempo, devido à minha alta velocidade. Isso me despertou mais um objetivo.

Eu queria chegar nos 5km em 20 minutos. A missão era bater aquela meta em mais 4 minutos disponíveis  e meu corpo se encontrava exausto. Todavia, não cedi. Por um segundo o tempo parecia ter parado e eu, embora autoconfiante, pensei que perderia as forças e simplesmente fosse trapaceada pelas minhas próprias pernas. Mas ao ver o tempo passar e os meus dedos frenéticos aumentando a velocidade, decidi simplesmente ser, ir, voar. E corri. Corri com a maior garra que pude. Dei tudo de mim. Respirei fundo e fui. Resultado: 5km em 19 minutos e alguma coisa.

Mas quem disse que era suficiente? Ao constatar a diferença de tempo versus. distância de mim e da pessoa ao lado, mais um objetivo fora imposto: ultrapassa-la. E consegui. Por 1km ultrapassei-a, e iniciara ali uma disputa. Eu percebi os olhares de relance pro meu marcador enquanto eu olhava o dela. Aquilo me motivava. Aquilo a motivava. Estávamos competindo inconscientemente, o que podemos chamar de ressonância dinâmica¹. Quando dei por mim, encontrava-mo-nos implacáveis, tentando exceder a distância a qualquer custo. Então, a pessoa diminuiu a velocidade. Logo em seguida, eu. Limites. Ao verificar seu marcador, percebi que havíamos ajustado as velocidades para um mesmo ritmo: 10.1, em exato. Como isso se explica? Troca de energia! Os nossos osciladores² definitivamente estavam trabalhando ali. Sem sombra de dúvidas. A frequência de superação havia crescido, e pôde ser comprovada nesse momento, por um longo tempo.

Logo resolvi aproveitar a corrida tranquilamente, só que no fundo, não admitiria ser a primeira a desistir, e não fui. Aos quase 65 minutos, (dentre várias alternâncias de velocidade) cheguei aos 10km. Tirando o fato de ter parado por aproximadamente 6 minutos e para fazer 1.2km na bicicleta ergométrica.

Foi indescritível.
Libertador.
Me senti viva.
Podia sentir meu corpo vibrante,
minha alma,
podia me sentir de verdade, a fundo.

E fui embora realizada dali. Sentindo o frescor daquela noite escura, e com vontade de ir até a sacada do prédio apreciar as estrelas. Mesmo sabendo que era um dia nublado, podia ter a certeza que elas estavam lá, olhando por mim.

E se eu contar, você vai acreditar?
Bem, nevermind.

Enquanto eu estava sendo grata pelas minhas sensações inefáveis, pude avistar algo no céu. Por um instante imaginei o que pudesse ser um ovni (objeto voador não identificado), pelo irradiante brilho intenso (me arrepio só de lembrar). Pela luminosidade da ~coisa~ fiquei sem saber de que se tratava. A clareza de sua forma vinha ao passo que chegava cada vez mais na altura da minha visão acima da minha cabeça.

Sei que isso deve despertar curiosidade. Se tratava, meramente, de um conjunto de pássaros altamente brancos, que tornaram-se LUMINOSOS em meio àquela negra imensidão. Eu não sei de onde vinha aquela inexplicável luz, mas de uma coisa eu tinha certeza: não era coisa da minha cabeça. Incrivelmente pareciam uma apresentação holográfica no céu. Um conjunto de projeção cinematográfica onde o céu era a grande tela, e eu, a telespectadora do mais esplendoroso espetáculo.

Não pude delimitar sua volumetria, mas foi uma velocidade suficiente para que eu pudesse contá-los ao passo que apreciava seu belo voo em equipe.
Eram 10 pássaros.

Sim, DEZ PÁSSAROS.
Estavam acima do céu voando e na poeira das estrelas, desapareceram.

Não sei de onde vieram e nem para onde foram, mas eles me trouxeram um significado de grande valia. O número 10 enraizou em meu ser de uma forma na qual essa noite se tornará marcante para todo o sempre.

10 é a representação do absoluto. Da excelência. Da eficácia. A materialização da realização. O número 11, não é permitido e o 9,5 não é aceito. Mas 10! Nível 10 é tudo aquilo que deve constar na busca para atingir a nossa melhor versão de si mesmo. Uma pessoa 10 vive a verdadeira definição de uma vida extraordinária, sendo assim, um ser humano extraordinário. Voa além dos seus limites, superando-os em busca do próximo nível. 10.

E é isso.
A última coisa: Hoje é dia 08/01/18.
18-08 = 10! Janeiro = 01 = ordem inversa: 10!

Coincidência?
Não.
Conexão.

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BARROS, Joyce Gabriella.

¹ressonância dinâmica: humor de um exercendo impacto sobre o outro.
²osciladores: coordenam as pessoas fisicamente regulando como seus corpos se movem juntos.